terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O mangá do Homem-Aranha!



Saudações, incautos leitores!

Fico muito agradecido pelas manifestações de afeto pelas palavras que escrevi no primeiro post!

Como eu disse antes, esse blog foi feito por puro tédio, e só de ver que vocês também são pessoas entediadas que resolveram ler as palavras deste escriba, é muito mágico!

Os senhores estão fazendo seu instrutor muito feliz!



Valeu, garotada!

Agora vamos ao que interessa...

Muita gente sabe que eu sou fã do Homem-Aranha, que eu tenho diversos gibis, fitas com os episódios do desenho dos (saudosos) anos 90, um FUCKING quadro em minha residência, bonequinhos, e por aí vai.

Sim, isso não conquistaria garota alguma no mundo.

Mas enfim!

Não vou ficar divagando sobre a história do herói da Marvel serelepe pimpão que escala paredes criado por Stan Lee e Steve Ditko (Jack Kirby só deu uma força) em 1962 aqui, mas acho que pouca gente sabe (ou se lembra) que há muuuuuuuuuuuuitas gerações atrás, quando o Muro de Berlim ainda existia, que o Homem-Aranha teve um mangá!



Exatamente, O HOMEM-ARANHA TEVE UM MANGÁ!

Não um, mas DOIS MANGÁS!

Mas só falarei do que eu li, então foda-se o segundo mangá do Homem-Aranha.

Só pelas imagens dessa segunda aberração eu já vi que deve ser um cocô fétido oriundo da bunda zumbi do Macaco Tião.

Mas enfim!


No final da década de 60 pro início da década de 70, a Marvel Comics já era uma respeitada editora de quadrinhos, com vários personagens clássicos no currículo.


E titio Stan Lee, vendo a oportunidade de faturar ainda mais dinheiro com as criações da Casa de Idéias, resolveu enviar um cara chamado Gene Pelc ao Japão, na tentativa de vender os gibis da Marvel por lá.


Um editor da Shueisha (editora que publica a Shonen Jump, de onde saíram Cavaleiros do Zodíaco, Drabon Ball, Hokuto No Ken, Yu Yu Hakusho, One Piece, e -infelizmente- Naruto) se interessou pelo material e resolveu fazer um teste de alguns meses com alguns personagens da Marvel, o que foi um fiasco, visto que os japoneses não assimilaram muito bem o estilo de quadrinhos americano, que era totalmente diferente do que eles estavam acostumados.


A solução? Criar versões dos heróis da Marvel adaptadas para o Mangá japonês, escrita por autores japas!


Como diria o Fozzie...




WAKKA-WAKKA-WAKKA!

E assim foi.

Foram criadas versões para o Hulk (feita pelo mesmo autor de Lobo Solitário) e para o nosso amigão da vizinhança, sendo a do galego aracnídeo lançada em janeiro de 1970 e sendo publicada até setembro de 1971 na revista Monthly Shonen Magazine, com desenhos e roteiros a cargo de Ryoichi Ikegami, autor que depois criaria obras como Mai - A Garota Sensitiva, Crying Freeman e Sanctuary, todos estas já publicadas no Brasil.



De fato, Electro!

E mais surpreendente ainda, é que o Mangá do Aranha não é ruim!

Toda a história foi adaptada para o gosto oriental, logo...



...nosso sagaz Peter Parker virou Yu Komori, um colegial nipônico que, fazendo experimentos com radiação no laboratório de sua escola pra provar que não era um Loser para seus colegas de turma, acabou sendo picado por uma aranha radiativa, recebendo super-poderes!



Como ele não virou um Godzilla da vida, já que estamos falando de um laboratório japonês, eu não sei.

Mais intrigante ainda é como ele e sua contra-parte (evito usar a palavra "clone" ao me referir ao Homem-Aranha) estaduniense não morreram com a radiatividade.

Mas voltando...

A partir daí, surgem os coadjuvantes, como as versões nipônicas da Tia May (BEEEEEEM MENOS insuportável que a estaduniense) e J. Jonah Jameson, e até um equivalente para Mary Jane, na pele de uma menina chamada Rumi, que nesta versão é irmã do Electro e não protagoniza cenas de putaria japonesa gratuita (o dito fan-service) como muitas de suas conterrâneas.

Japoneses e suas taras por tentáculos, puta que pariu...



Esta é a dita rapariga, em uma das capas da tradução americana do Mangá.

Gatinha, não?

Porém, a comparando com uma ruiva escultural como é a Mary Jane gringa, ela é a Betty A Feia.

No primeiro volume, nosso herói enfrenta Electro, cujo nome verdadeiro era Shiraishi (ô nominho feio o desse rapaz), irmão da Mary Jane nipônica, que após atropelar o filho de um cientista e não ter grana pra pagar a indenização, mesmo tendo feito bicos de PILOTO DE CORRIDA, BOXEADOR E SAXOFONISTA (com esse último ele não arrumava grana nem fudendo), resolve ser cobaia dos experimentos deste dito cientista com experimentos elétricos e entra para o mundo do crime!

Curioso é que nosso herói acaba o matando "sem querer" com UMA porrada, mas enfim.

A partir desta aventura, Rumi vai embora (pra voltar depois que a mãe bateu as botas) e nosso então novato herói enfrenta ameaças como:



- O LAGARTO, que aqui é um cientista não-maneta que vira o Lagarto numa ilha qualquer do Pacífico lutando por sua sobrevivência e imitando o movimento dos lagartos de lá.

(Assimile esta informação como quiser.)



- O CANGURU, que aqui também é um lutador fracassado e vilão bucha. Mas nessa história nosso herói consegue seu emprego de fotógrafo na divisão do Clarim Diário japonês, então podemos dizer que esse mongolóide serviu pra alguma coisa.



- MYSTERIO, cuja história não foi publicada no Brasil, mas ele se fez passar por Homem-Aranha e foi derrotado, assim como sua contra-parte das terras do Major William Guile.

Uma vez vilão bucha, SEMPRE vilão bucha!



- PROTÓTIPO DA TEMPESTADE, ou pelo menos uma mulher que controlava o clima e matava as pessoas que a tocassem porque tava emuxa.

E por aí vai.

A partir do sexto volume, o mangá começou a ser escrito por Kasumaza Hirai, com os desenhos ainda a cargo de Ikegami, que começou a amadurecer o seu traço a partir daí, assim como as histórias se distanciariam do material original e ficaram mais pesadas.



E pesadas eu digo: com sexo (ainda nada de fan-service), violência e drama pra caralho!

Perto do que fizeram, babaquices como um certo pacto com o tinhoso e Totem-Aranha vistos nas histórias mais recentes do nosso intrépido aracnídeo parecem histórias dos Teletubbies.

Mas enfim!



A série foi bem no Japão, durando pouco mais de um ano em 13 volumes compilados, e de certa forma impulsionou a carreira do Homem-Aranha por lá, chegando inclusive alguns anos depois a ser criado o lendário (pelas razões erradas) Live Action do nosso herói, o qual algum dia eu também falarei!

Hoje em dia, a HQ do Aranha é publicada por lá sem adaptações, e este mangá virou motivo de curiosidade para muitas pessoas.

Os Tankohons originais são verdadeiras raridades, sendo até mesmo imagens destes difíceis de serem encontradas no Google!

E quando você não pode contar com o Google pra isso, é sinal de que algo vai errado.

A série foi relançada no Japão em 1996 e nos Estados Unidos foi publicada em 1997 no formato americano, rendendo 31 edições.

Curiosamente, a versão japonesa não foi bem em vendas nos Estados Unidos, assim como a versão americana não foi bem de vendas no Japão no início.

A vida nos prega pegadinhas do Mallandro em muitas situações!

É possível achar os três volumes que foram lançados aqui em 1998 pela Mythos com certa facilidade em sebos da vida. Foram lançados como a versão americana de páginas espelhadas, para adaptação ao jeito de leitura ocidental, só que com mais páginas. Se tiver a chance, dê uma olhada, afinal, pior que isso:



Tia May virando arauta do Galactus, eu lhe garanto que NUNCA SERÁ!

E na semana que vem: Streets Of Rage ou Shadow Of The Colossus em mais uma matéria/review?

No final, VOCÊ DECIDE!

E antes que eu esqueça... FELIZ NATAL PRA TODOS!

E agradecimentos especiais ao Baiano pela piadinha do Ikki, e ao Diogo, primeiro seguidor deste blog!

Algum dia pagarei uma cerveja aos cavalheiros.

E é isso!

Fui!

3 comentários:

  1. Fique certo de que cobrarei a cerveja!Melembro vagamente do mangá,mas nunca pegueirpa ler.E realmente as historias parecem BEM melhores do que as de hj em ia...

    Maldito Quesada,gordo safado,quero que vc morra com gangrena no rabo!lol,criei uma rima sem perceber!

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  2. Você se esqueceu de falar dos robôs gigantes?

    E, ah, pro próximo post, tudo bem que Shadow of the Colossus tem lá seu grau de louvabilidade, mas eu voto em Streets of Rage - Beat'em Up do coração Evelístico! *_*

    Eu ri do "é isso mesmo, Electro!", ahuahauh!

    Pra finalizar:
    http://www.youtube.com/watch?v=HoQXI6c1ufQ

    ;****

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